Existem diferentes tipos de liderança e, hoje em dia, há uma tendência para que ela se torne cada vez mais democrática. Dessa maneira, o modelo de liderança autocrática perde força de modo gradativo dentro das corporações, no entanto, continua sendo útil em certas ocasiões.
E você sabe o que é e quando aplicar esse tipo de liderança? Para saber tudo a respeito do assunto continue com a leitura deste artigo. E confira nos tópicos a seguir as informações mais relevantes sobre a liderança autocrática, ou seja, a gestão de pessoas que concentra no líder a tomada de decisões.
- O que é e como funciona a liderança autocrática
- Como e quando aplicar na sua empresa
- Desvantagens da liderança autocrática
O que é e como funciona a liderança autocrática
A liderança autocrática é um modelo de gestão de pessoas bastante tradicional, que se caracteriza pela liderança se centralizar no gestor. Desse modo, é ele quem tem o poder de decisão dentro de uma equipe, departamento ou mesmo em toda a empresa.
Com isso, a relação do gestor com a sua equipe é verticalizada. Em outras palavras, ele manda e os demais obedecem, o que faz com que os colaboradores não opinem sobre quaisquer aspectos. Ou seja, nem a respeito de procedimentos, objetivos, metas ou metodologias de trabalho.
Assim, é o líder quem define os processos, de modo que aos demais caiba a responsabilidade de seguir à risca o que deve ser feito. No entanto, isso não quer dizer que o gestor não se interesse pelo que os outros profissionais que lidera tenham a dizer sobre temas específicos.
Afinal, essa medida ajuda em muito na hora de obter uma visão mais ampla do cenário. Mesmo assim, é sempre a ele que cabe o papel de decidir a respeito de todos os aspectos. Portanto, o gestor ganha uma postura autoritária no modelo de liderança autocrática.
Além de centralizar as decisões, ele pratica um método de trabalho inflexível, com uma hierarquia rígida, supervisão contínua, pressão para atingir metas e comunicação restrita. Claro que isso pode variar de acordo com cada líder, tornando a sua liderança mais ou menso autoritária.
Inclusive, atualmente, é possível encontrar gestores que estão em uma fase intermediária. Nela, eles continuam sendo os únicos tomadores de decisão. Mas nem por isso ignoram totalmente a opinião dos demais, pois sabem que isso é benéfico para o ambiente de trabalho.
Isso acontece porque a liderança autocrática ainda é o modelo de gestão de pessoas mais comum nas empresas. E mesmo que haja uma tendência em torná-la democrática, as mudanças não acontecem de uma hora para a outra. Isto é, exige um período de adaptação, tornando a mudança gradual.
Como e quando aplicar na sua empresa
Embora pareça ultrapassada, já que muitas empresas hoje em dia tendem a promover um ambiente de trabalho mais horizontal, onde todos contribuam de maneira igualitária, a liderança autocrática tem as suas vantagens.
Por isso, há momentos em que ela é bem-vinda para as empresas. Um exemplo é quando o gestor é o único profissional que possui os conhecimentos necessárias para a tomada de decisão. Nesse caso, é desnecessário consultar os demais, já que se trata de um tema que eles não dominam.
A liderança autocrática é aplicada também em negócios que têm como meta reduzir ao máximo a margem de erro e fazer com que a produtividade cresça no curto prazo. Da mesma forma, em situações extremas um líder autocrático pode ser necessário para tomar decisões difíceis.
Outro exemplo de quando esse tipo de liderança é vantajosa é se a empresa não busca inovar, mas sim, cumprir tarefas de maneira eficiente. O setor industrial, por exemplo, que executa atividades repetitivas e mecânicas, é mais um local onde o papel do gestor autocrático é vantajoso.
Inclusive, quando se trata de nichos de mercado nos quais os funcionários possuem pouca experiência e qualificação. Nesse caso, a vantagem está no fato do gestor acompanhar de perto a realização das atividades, bem como o desempenho de cada profissional.
Além disso, na liderança autocrática, os colaboradores enxergam o líder como uma pessoa previsível, devido a sua rigidez, o que torna o relacionamento dele com a equipe mais fácil. Por outro lado, nem sempre esse tipo de gestão se mostra benéfico para o ambiente de trabalho.
Desvantagens da liderança autocrática
Vale dizer que mesmo quando o gestor decide pela centralização da tomada de decisão ele pode ser justo, bem como um líder competente. Para tanto, é essencial que tenha um amplo conhecimento do segmento de mercado no qual atua.
Também é preciso ser rigoroso consigo mesmo, no sentido de acompanhar de perto todos os processos. Assim como em ajudar quando necessário os demais profissionais na execução das suas tarefas.
Portanto, pode-se dizer que na liderança autocrática o líder tem um papel de extrema importância e responsabilidade. Nesse sentido, está a primeira desvantagem desse tipo de gestão, afinal, se o gestor não tiver as características de um líder autocrático dificilmente conseguirá cumprir o seu dever.
Além disso, outro ponto negativo é que a equipe comandada por esse tipo de líder se torna muito dependente dele. Por isso, se ele tiver que se ausentar, são grandes as chances dos funcionários encontrarem dificuldade em garantir o seu bom desempenho.
Desse modo, pode-se dizer até mesmo que a liderança autocrática é desgastante de certa forma para o gestor. Mais uma questão diz repeito à motivação dos colaboradores, já que nessa gestão é normal encontrar profissionais desmotivados, uma vez que não se sentem valorizados dentro da empresa.
Com isso, perante o descontentamento da equipe, é possível que a produção não atinja o seu maior patamar. E mais, o clima tenso que a liderança autocrática pode proporcionar é um terreno fértil para o desenvolvimento de conflitos internos.
Então, quem deseja se afastar desse tipo de gestão pode optar pela chamada liderança situacional. Ela consiste em um modelo no qual o gestor se adapta para liderar de acordo com a situação em que se encontra. Ou seja, é uma forma de flexibilizar a liderança autocrática para reduzir as suas desvantagens.
Amanda Almeida