Receita Líquida: O que é e qual sua importância?

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É bem possível que você queira saber quanto a sua empresa recebe de dinheiro todos os meses com as vendas que realiza, não é mesmo? Então, você deve conhecer o conceito de receita líquida. Assim como o lucro líquido, receita bruta e outros termos, é de extrema relevância na hora de administrar um negócio.

Afinal, com essas informações você pode entender como estão as finanças empresariais. Ou seja, como está o seu desempenho ou mesmo no que é preciso melhorar. Portanto, para conhecer mais a respeito de receita líquida, o que é e qual sua importância continue lendo este artigo.

Nos tópicos a seguir, encontre as principais informações sobre o tema.

  • O que é a receita líquida
  • Como calcular a receita líquida
  • Quais tributos incidem no cálculo
  • Importância do indicativo para empresas

O que é a receita líquida

A receita líquida é um indicativo bastante importante para as empresas. Inclusive, para as que desejam acompanhar o seu desempenho. Isso acontece porque esse dado mostra de maneira clara quanto dinheiro se obteve dentro de um período de tempo.

Em geral, usa-se o mês como referência. Isso é possível porque para encontrar a receita líquida é preciso diminuir as deduções existentes do valor total de vendas. Além disso, esse indicativo aparece no Demonstrativo de Resultados do Exercício, o chamado DRE do seu negócio.

Esse documento consiste em um relatório que reúne os principais dados sobre a situação financeira. Em tese, é o contador o responsável por elaborá-lo e nele constam, portanto, a receita líquida. Apesar de ser um levantamento anual, é possível elaborá-lo com menor periodicidade.

Com isso, consegue-se acompanhar mais de perto os resultados da empresa. Ademais, vale a pena dizer que a receita líquida não é o mesmo conceito de lucro líquido. Ambos os termos podem se confundir, uma vez que se assemelham.

Mas para se chegar ao lucro líquido é preciso reduzir da receita líquida todas as despesas existentes. Aqui, entram os custos fixos e os custos variáveis. Ou seja, tudo o que a empresa gasta por mês para funcionar e manter as portas abertas.

Exemplos são o valor do aluguel, bem como da conta de luz, água, telefone e outros, além de salários, matéria-prima, manutenções, etc. Então, o lucro líquido é o dinheiro restante após tudo ser pago. Enquanto isso, se chega à receita líquida apenas reduzindo alguns custos, como veremos a seguir.

Como calcular a receita líquida

Esse indicativo é muito simples de calcular. No entanto, é preciso registrar todos os movimentos do fluxo de caixa. Inclusive, os recebimentos. Desse modo, basta fazer uso da seguinte fórmula:

Receita Líquida = Receita Bruta – Deduções

Assim, para chegar ao resultado, deve-se primeiro saber qual a receita bruta da empresa. Esse dado se refere ao valor total de vendas, sem levar em consideração quaisquer despesas. Ou seja, a receita bruta consiste no faturamento.

Em outras palavras, na soma de todos os produtos e serviços que foram vendidos ao longo do mês. Enquanto isso, a receita líquida considera as chamadas deduções. Entre elas, estão o valor refere às mercadorias devolvidas e às vendas canceladas.

Da mesma forma, as perdas em decorrência de rescisão de contrato. Porém, vale dizer que mesmo esses valores sendo descontados para se obter a receita líquida, eles devem aparecer nos resultados operacionais. Também é necessário abater o valor dos descontos concedidos.

Eles dizem respeito aos valores que se reduz do preço de venda, sendo essencial constar na nota fiscal. Por isso, não podem aparecer depois da emissão desses documentos.

Quais tributos incidem no cálculo

Entre as deduções a se levantar para calcular a receita líquida, estão os impostos e as taxas sobre as vendas. Mas é preciso incluir nesse cálculo só os tributos que o governo cobra em cima do valor do que foi faturado. É o caso dos seguintes tributos:

  • ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, trata-se de um tributo do estado. O governo cobra sempre que existe a circulação de mercadorias. A sua base de cálculo é o valor total da venda.
  • IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados. O governo federal é responsável pela cobrança e recai, em especial, sobre a indústria.
  • IE – Imposto sobre Exportação. Deve ser pago pelas empresas que vendem os seus produtos para outros países;
  • PIS – Programa de Integração Social. Funciona como uma contribuição social de pessoas jurídicas para financiar o seguro-desemprego. Assim como o abono salarial;
  • COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social. É uma contribuição federal. Tem o objetivo de financiar a previdência social, a saúde e a assistência social.

Claro que é preciso levar em consideração apenas os tributos que a empresa deve pagar. Afinal, eles mudam de acordo com o segmento de mercado de cada negócio.

Importância do indicativo para empresas

É fundamental que o gestor da empresa esteja atento à receita líquida todos os meses. Afinal, é um indicativo que ajuda a entender a situação real do negócio. Assim como os demais dados que devem ser obtidos para uma análise completa do cenário.

A verdade é que mesmo essencial, a receita líquida não pode ser avaliada sozinha, sem levar em conta as demais informações. Isso porque ela mostra o valor em dinheiro que entrou na empresa depois das deduções necessárias.

Com isso, é possível comparar esse valor com os meses anteriores. E identificar se o desempenho foi melhor ou teve uma queda. Lembre-se que quanto maior a receita líquida, mais vendas foram feitas. Além disso, consegue-se ter uma ideia mais clara de quanto a empresa gasta com tributos.

Ao menos, com os impostos que incidem sobre as vendas. Embora isso não possa ser mudado, é importante saber quanto o negócio paga de tributos para o governo. De modo semelhante, é mais fácil compreender o volume de devoluções, cancelamentos ou rescisões que ocorrem.

A partir disso, se em um certo mês esse número esteve acima da média, pode indicar alguma anomalia que deve ser investigada. Com a receita líquida, o administrador também enxerga o volume de descontos que concede e pondera se estão prejudicando as finanças da empresa.

Amanda Almeida

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